A agricultura da Bahia deve seguir em crescimento em 2026, impulsionada pela diversificação das lavouras e pelo fortalecimento das políticas públicas de manejo, irrigação e assistência técnica. Conforme a Seagri, o estado tende a registrar avanço em 16 das 26 culturas avaliadas pelo primeiro prognóstico do IBGE, com destaque para algodão, café arábica e feijão da primeira safra.
O secretário Pablo Barrozo afirma que o acompanhamento técnico e o diálogo com produtores têm ajudado a ampliar a produtividade e a reduzir impactos climáticos e de mercado. A safra de 2025, por sua vez, segue confirmada como a maior da história da Bahia, estimada em 12,84 milhões de toneladas de grãos — alta de 12,8% em relação ao ano anterior.
Para 2026, o café arábica deve crescer mais de 40%, enquanto o feijão da primeira safra tem previsão de avanço de 23,5%. Já o conjunto dos grãos pode sofrer retração de 4% devido à queda esperada para soja e milho. Em movimento contrário, o algodão deve crescer 6,5% e consolidar o estado como o segundo maior produtor do país, com mais de 20% da produção nacional prevista para 2026.
Mesmo com as projeções favoráveis para a agricultura baiana nos próximos anos, especialistas e gestores destacam que o setor ainda depende de investimentos estratégicos para sustentar e ampliar seu crescimento. Entre as principais necessidades está a expansão da irrigação, considerada fundamental para reduzir os riscos climáticos e garantir estabilidade à produção, sobretudo em períodos de estiagem.
Outro ponto destacado é a modernização tecnológica, com a adoção de sensores, drones, inteligência artificial e ferramentas de agricultura de precisão, que podem elevar a produtividade e otimizar o uso de recursos no campo. O fortalecimento da assistência técnica também é apontado como prioridade, especialmente para pequenos e médios produtores que ainda não têm acesso contínuo à orientação necessária para aprimorar suas práticas.
A melhoria da infraestrutura logística é outro desafio, envolvendo a recuperação de estradas vicinais, a ampliação de armazéns e a melhor integração entre regiões produtoras e centros de distribuição, garantindo escoamento mais eficiente e redução de perdas. Além disso, o aprimoramento do manejo sustentável é considerado essencial, priorizando a conservação do solo, a redução de desperdícios e a adaptação às mudanças climáticas.
Essas melhorias, segundo profissionais, são fundamentais para manter a competitividade do agronegócio baiano, reduzir vulnerabilidades estruturais e ampliar os resultados positivos observados nos últimos anos.
Fonte: Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri)
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