A Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) lançou, nesta terça-feira (18), o Selo de Prevenção a Fraudes 2025. Criado inicialmente para certificar bancos comprometidos com boas práticas de compliance, o selo agora passa a abranger fintechs e instituições de pagamento. Nesta nova etapa, 22 organizações poderão ser certificadas.
O objetivo da certificação é reconhecer instituições que adotam mecanismos robustos de prevenção, detecção e combate a fraudes financeiras, além de avaliar ações de conscientização, gestão de riscos e alinhamento com normas legais e de autorregulação. A iniciativa reforça padrões de segurança construídos em parceria com entidades do setor.
Para obter o selo, as instituições devem solicitar avaliação à Fin e comprovar que cumprem critérios como controle rigoroso na abertura de contas, monitoramento de riscos transacionais, programas educativos e cooperação com autoridades. O certificado tem validade de 12 meses, podendo ser renovado após nova análise. A ampliação também marca a mudança na coordenação da iniciativa, que passou da Febraban para a Fin, visando alcançar um espectro mais amplo de instituições.
Entre os principais benefícios da certificação está o aumento da segurança dos clientes, já que as instituições precisam implementar controles capazes de identificar comportamentos suspeitos e impedir movimentações fraudulentas. Outro avanço é a padronização de boas práticas, criando critérios comuns que fortalecem a integridade das operações em todo o mercado.
A medida também contribui para o fortalecimento da confiança dos usuários, sobretudo aqueles que utilizam serviços de fintechs, que passam a seguir padrões mais rígidos de proteção de dados e transações. Ao exigir mecanismos mais eficientes de detecção de riscos, o selo ajuda a reduzir prejuízos financeiros e operacionais, além de incentivar a integração entre instituições, estimulando trocas de informações e ações coordenadas contra crimes cibernéticos.
Apesar dos avanços, a certificação também apresenta desafios. A necessidade de atualizar processos, sistemas e ferramentas pode gerar aumento de custos operacionais, especialmente para fintechs menores, que têm menos estrutura para adequações complexas. A renovação anual do selo exige manutenção contínua de padrões elevados, o que pode gerar pressão adicional para equipes de compliance e segurança.
Outro ponto é o risco de desigualdade competitiva, já que grandes instituições tendem a se adaptar mais facilmente às exigências. Além disso, o selo impõe uma carga regulatória maior, com necessidade de documentação detalhada e comprovação de conformidade permanente.
Mesmo com obstáculos, a expansão do Selo de Prevenção a Fraudes representa um avanço para a proteção do consumidor e para o fortalecimento do ambiente financeiro brasileiro, ao estimular práticas mais seguras, transparentes e integradas entre todos os atores do setor.
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