Brasil inaugura primeiro centro de formação em cirurgia robótica do SUS e amplia acesso a tratamentos avançados

Unidade do Inca vai capacitar médicos, expandir tecnologias de ponta e garantir cirurgias mais seguras, rápidas e precisas para a população.

Foto: Frame INCA.

O Brasil marcou um avanço histórico na modernização da saúde pública com a inauguração do primeiro centro de formação em cirurgia robótica do Sistema Único de Saúde (SUS). Instalado no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, o espaço vai capacitar 14 profissionais por ano, com dupla titulação em suas especialidades e em cirurgia robótica, além de impulsionar pesquisas oncológicas.

Desde 2012, o Inca realiza cirurgias robóticas de forma pioneira no SUS, acumulando mais de 2 mil procedimentos em áreas como urologia, ginecologia, cabeça e pescoço, abdome e tórax. A técnica é minimamente invasiva e garante maior precisão nos movimentos, ampliação do campo visual, menor risco de complicações, menos dor e recuperação mais rápida aos pacientes.

Com a criação do Centro de Treinamento e Pesquisa em Robótica, o SUS amplia sua capacidade de disseminar a tecnologia pelo país. A recente inclusão da prostatectomia robótica na rede pública reforça a necessidade de formar novos cirurgiões, permitindo que o procedimento chegue a diferentes regiões. Segundo o diretor-geral do Inca, Roberto Gil, a iniciativa evita que médicos busquem capacitação no exterior e possibilita “capilarizar e disseminar esse procedimento em todo o território brasileiro”.

A ampliação da cirurgia robótica no SUS traz benefícios diretos à população. Entre eles, o menor tempo de internação, que libera leitos e reduz custos, e a maior precisão cirúrgica, que diminui riscos operatórios e aumenta a segurança. O pós-operatório também se torna mais confortável, com menos dor e retorno mais rápido às atividades.

Outro impacto relevante é a democratização do acesso a tecnologias de ponta, antes restritas a hospitais privados. Isso contribui para reduzir desigualdades e garante que pacientes do SUS recebam tratamentos equivalentes aos das unidades mais avançadas do país. Além disso, a tecnologia amplia a oferta de tratamentos oncológicos mais eficazes, essenciais no combate ao câncer de próstata, ginecológico e outras neoplasias complexas.

Com esse avanço, o SUS reforça seu papel estratégico na inovação em saúde, ampliando a qualidade, a segurança e o acesso aos serviços para toda a população brasileira.

Fontes: Instituto Nacional de Câncer (INCA) / Ministério da Saúde

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