Extremos climáticos aumentam riscos para crianças brasileiras, apontam pesquisas

Estudos revelam que bebês e crianças pequenas são as mais afetadas por frio e calor intensos, com alta preocupação da população e aumento da mortalidade infantil.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.

Duas pesquisas divulgadas neste mês chamam atenção para o impacto dos extremos climáticos nas crianças. Um levantamento da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com o Datafolha, mostra que mais de 80% dos brasileiros temem os efeitos das mudanças climáticas em bebês e crianças de até 6 anos. O estudo ouviu 2.206 pessoas em abril e revelou que 71% se preocupam com doenças respiratórias, 39% com desastres naturais e 32% com falta de água e alimentos.

Outra pesquisa, publicada na revista Environmental Research e conduzida por cientistas da Fiocruz Bahia, UFBA, London School e Instituto de Saúde Global de Barcelona, confirmou os efeitos diretos do clima na mortalidade infantil. O estudo analisou mais de 1 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos ao longo de 20 anos e concluiu que o risco de morte é 95% maior no frio extremo e 29% maior no calor extremo, comparado a temperaturas amenas.

Os bebês de até 27 dias são os mais vulneráveis ao frio — com risco 364% maior —, enquanto crianças de 1 a 4 anos sofrem mais com o calor extremo, com aumento de 85% no risco de mortalidade. O impacto é mais acentuado nas regiões Sul e Nordeste, refletindo desigualdades sociais e climáticas.

Link notícia: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-10/pesquisas-revelam-preocupacao-com-criancas-em-extremos-climaticos

Fontes: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal / Instituto de Saúde Coletiva/UFBA / Environmental Research

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