Hanseníase: Dra. Moema Barral alerta sobre sinais, diagnóstico e combate em nossa cidade

Na Bahia, em 2023, foram registrados 1.545 casos da doença. Em Guanambi, foram sete casos em 2023 e, até o momento, oito casos em 2024.

Neide Lu, jornalista, e Dra. Moema Barral, dermatologista.

No Fala Você Notícias desta sexta-feira (30), tivemos a honra de receber a Dra. Moema Barral, renomada dermatologista, para um bate-papo esclarecedor sobre o Dia D de Combate à Hanseníase. A especialista destacou a importância da conscientização sobre a doença, seus sinais e sintomas, além da relevância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a erradicação da hanseníase.

Dra. Moema explicou que a hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Trata-se de uma doença crônica, que afeta a pele, os nervos periféricos e as mucosas.

Principais sinais e sintomas da hanseníase

A dermatologista ressaltou que os principais sintomas incluem manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas na pele, que apresentam alteração de sensibilidade, ou seja, o paciente pode deixar de sentir o toque, o calor e a dor. A hanseníase também pode afetar apenas os nervos, sem o surgimento de manchas visíveis, mas causando o espessamento dos nervos e perda de sensibilidade ao longo do seu trajeto.

O diagnóstico pode ser feito com base na presença dessas manchas com alteração de sensibilidade, no espessamento dos nervos periféricos e na baciloscopia, que analisa o raspado dérmico. Em alguns casos, também pode ser necessária uma biópsia para confirmação.

Dados da hanseníase no Brasil e no mundo

Segundo a Dra. Moema, atualmente há 200 mil casos ativos de hanseníase no mundo, sendo que 20 mil deles estão no Brasil, de acordo com dados de 2023. O país ocupa a segunda posição no ranking global de incidência da doença, ficando atrás apenas da Índia, que concentra 56% dos casos mundiais. O Brasil representa 13% dos casos globais.

Na Bahia, em 2023, foram registrados 1.545 casos da doença. Em Guanambi, foram sete casos em 2023 e, até o momento, oito casos em 2024. A especialista destacou que a incidência da hanseníase na cidade é considerada baixa. No entanto, há regiões da Bahia com focos de alta incidência, como: Região Norte, especialmente Juazeiro; Região Oeste, com destaque para Barreiras; Região Sudoeste, onde se localiza Itabuna.

Dra. Moema Barral, dermatologista.

Transmissão e importância do diagnóstico precoce

Dra. Moema explicou que a hanseníase é transmitida por meio de gotículas eliminadas pelo nariz e pela boca, especialmente em ambientes de convivência íntima e prolongada. Por isso, a família do paciente não tratado é o principal grupo de risco para a transmissão.

A especialista reforçou que o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações da doença, que podem levar a incapacidades físicas. A avaliação da hanseníase é clínica, baseada no exame das manchas e no teste de sensibilidade térmica, tátil e dolorosa. Além disso, existe a avaliação neurológica simplificada, que examina os nervos afetados.

Por fim, a dermatologista alertou que o preconceito e a desinformação ainda cercam a hanseníase, dificultando o diagnóstico e tratamento adequado. No entanto, destacou que atualmente há um teste rápido, que ajuda a identificar pacientes com maior predisposição a desenvolver a doença.

No Mês de Combate à Hanseníase, a Dra. Moema Barral esclarece tudo sobre a doença! Descubra os sinais, formas de transmissão e a importância do diagnóstico precoce. Clique no vídeo e assista ao bate-papo completo!  

Comentários



    Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.



Comentar