Dr. Humberto Reis alerta: doenças respiratórias mal curadas podem causar complicações graves

Dr. Humberto compartilhou o caso de um menino que havia passado por uma cirurgia para reparar o tímpano perfurado.

Neide Lu, jornalista, e Dr. Humberto Reis, médico otorrinolaringologista.

Os resfriados são infecções respiratórias comuns causadas por vírus, especialmente os rinovírus, que afetam o trato respiratório superior. Embora geralmente benignos e autolimitados, a falta de cuidados adequados pode levar a complicações mais graves, principalmente em indivíduos com imunidade baixa, idosos e crianças pequenas. Essas complicações ocorrem porque o resfriado fragiliza as defesas naturais do sistema respiratório, permitindo a proliferação de microrganismos patogênicos.

No programa Fala Você Notícias desta quinta-feira (28), recebemos o Dr. Humberto Reis, médico especialista em otorrinolaringologia, para falar sobre as doenças respiratórias corriqueiras que podem afetar o organismo de maneira significativa quando negligenciadas.

Clima e hábitos inadequados contribuem para os resfriados

Durante a entrevista, o Dr. Humberto destacou que, apesar das altas temperaturas no Nordeste, é comum observar casos recorrentes de gripes e resfriados. Ele relembrou que, ao se mudar para Guanambi, acreditava que o clima quente reduziria a incidência dessas doenças. No entanto, percebeu que muitas crianças não eram devidamente agasalhadas, mesmo em períodos de queda de temperatura, especialmente durante a madrugada.

“No consultório, oriento os pais a vestirem melhor seus filhos, evitar ventos frios, friagem, e a não deixar janelas abertas à noite. Também peço cuidado com o uso de ventiladores e ar-condicionado. Mesmo assim, muitos relutam, dizendo que a criança prefere dormir de cueca ou com a janela aberta para ficar fresquinho”, contou.

Ele relatou que amigos e pacientes confirmaram uma melhora significativa na saúde das crianças após seguirem suas recomendações: “Depois que começaram a fazer do jeito que expliquei, as crianças pararam de ficar gripadas”.

Descuidos podem levar a complicações graves

Dr. Humberto compartilhou o caso de um menino que havia passado por uma cirurgia para reparar o tímpano perfurado. Apesar dos conselhos da mãe e do médico para tomar mais cuidados, o menino insistiu em dormir sem roupas. Como resultado, ele desenvolveu gripes recorrentes, o que causou a obstrução do canal que liga o nariz ao ouvido. Isso levou ao acúmulo de líquido e à ruptura do tímpano novamente.

“Esse é um exemplo de como um simples resfriado, causado por descuidos, pode gerar complicações graves e impactar o organismo de forma permanente”, alertou o especialista.

Outro caso citado foi o de um paciente que procurou o consultório com o nariz entupido. Após prescrever medicamentos e orientar sobre cuidados básicos, como evitar dormir sem camisa e reduzir o uso de ventilador, o paciente retornou dizendo que não estava totalmente recuperado. A esposa revelou que ele ainda insistia em dormir sem camisa, contrariando as recomendações, o que dificultava sua melhora.

Dr. Humberto Reis, médico otorrino.

Relação entre alergias respiratórias e ansiedade

O médico também abordou o impacto da ansiedade nas manifestações alérgicas. Segundo ele, crianças com alergias respiratórias costumam apresentar uma redução das crises após os seis anos, mas, em alguns casos, as manifestações persistem na adolescência e na vida adulta.

“A diferença entre quem supera as crises na infância e quem continua enfrentando problemas está na ansiedade. Nos adultos, especialmente por volta dos 30 anos, a ansiedade tende a aumentar devido às pressões e dificuldades da vida. Já aos 60 anos, as pessoas podem desenvolver angústias por não terem alcançado o que esperavam, o que intensifica as manifestações alérgicas”, explicou.

Orientações para prevenção

Para prevenir complicações respiratórias, o Dr. Humberto reforçou a importância de cuidados simples, como: Manter as crianças agasalhadas, especialmente durante a madrugada; evitar exposição a vento frio, ar-condicionado em temperaturas muito baixas e ventiladores diretos; procurar auxílio médico ao primeiro sinal de complicações. “São hábitos simples, mas que fazem toda a diferença na proteção do sistema respiratório, principalmente em crianças e pessoas com alergias respiratórias. A prevenção sempre será o melhor remédio”, concluiu.

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